Líderes de partidos de centro avaliam que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deu uma demonstração clara de que realmente é “afilhado” de Eduardo Cunha, ao pautar, à revelia do governo, a derrubada do decreto do IOF. Em anúncio que surpreendeu o Palácio do Planto e até lideranças da oposição, Motta comunicou, no final da noite da terça-feira (24/6), que o projeto de decreto legislativo que derruba as novas regras do imposto seria votado no dia seguinte, a quarta-feira (25/6). A decisão de Motta pegou governo e oposição de surpresa, na medida em que o presidente da Câmara havia prometido um prazo de duas semanas para o governo buscar alternativas ao IOF. Esse prazo se encerraria somente na sexta-feira (27/6). “Motta mostrou por que é afiliado de Eduardo Cunha”, disse à coluna um importante cacique do Congresso, pedindo reserva. Deputados lembram que, ao pautar de surpresa a derrubada do IOF, Motta recorreu a um expediente parecido ao usado por Cunha quando presidiu a Câmara. Ao contrário, por exemplo, de Arthur Lira (PP-AL), antecessor de Motta no comando da Casa. Lira, explicam líderes ouvidos pela coluna, até poderia pautar temas duros ao governo federal. Mas, diferentemente de Motta, avisava previamente, inclusive os líderes…

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