Sentimento por Entidade:

• Justiça Federal 60

  A Justiça Federal é apresentada como o órgão que suspendeu o projeto, agindo de forma cautelosa e buscando garantir a legitimidade do processo de consulta, o que demonstra uma atuação positiva em relação à proteção dos direitos indígenas, embora a suspensão em si possa ser vista como neutra para o projeto.

• Ka’apor 40

  Os Ka’apor são apresentados em conflito interno sobre o projeto de carbono. Um grupo é contra e outro a favor, o que gera uma divisão e tensão dentro da própria comunidade, impactando negativamente a unidade e a percepção geral do povo.

• Terra Indígena Alto Turiaçu 50

  A Terra Indígena é descrita como um local de importância ambiental e cultural, mas que sofre com invasões e agora com um conflito interno relacionado ao projeto de carbono. A descrição é factual, sem atribuição de sentimento positivo ou negativo direto ao local em si.

• Maranhão 50

  O estado é mencionado como o local onde se encontra a Terra Indígena Alto Turiaçu, sem atribuição de sentimento específico.

• Aliana Rubim Cabral Capeletto 70

  A juíza é citada pela sua decisão de suspender o projeto, demonstrando cautela e preocupação com a falta de regulamentação e a legitimidade da consulta, o que é apresentado de forma positiva como uma ação responsável.

• Funai 40

  A Funai é mencionada no contexto de sua manifestação nos autos sobre a ausência de regulamentação e também por ter criado a associação Ta Hury em 2003, o que é criticado pelo conselho Tuxa Ta Pame. Essa menção em um contexto de crítica e de um passado questionado confere um sentimento negativo.

• OIT 70

  A Organização Internacional do Trabalho é citada pela Convenção 169, que exige consulta a populações afetadas por projetos econômicos. A menção a essa convenção e sua exigência é apresentada como um fundamento legal para a decisão judicial, o que é positivo.

• São Paulo 50

  São Paulo é usado como unidade de medida para o tamanho da Terra Indígena Alto Turiaçu, sem atribuição de sentimento.

• Conselho de Gestão Ka’apor Tuxa Ta Pame 70

  O conselho é apresentado como autor da ação judicial, contrário ao projeto, e defensor de uma gestão autônoma. Sua postura é descrita como pioneira na autodefesa e na busca por saberes ancestrais, o que confere um sentimento positivo à organização.

• Associação Ka’apor Ta Hury do Rio Gurupi 30

  A associação é apresentada como favorável ao projeto e negociando com empresas como a Vale. É criticada pelo conselho Tuxa Ta Pame por ter sido criada pela Funai e por violar acordos de convivência, além de ser acusada de negociar com invasores. Essas críticas geram um sentimento negativo.

• Wildlife Works (WWC) 20

  A empresa é criticada pelo conselho Tuxa Ta Pame, que a acusa de agravar a divisão interna, ameaçar a autonomia do povo Ka’apor e de ser uma 'maquiagem verde'. A diretora da empresa também faz declarações que são contestadas, e a empresa é vista como um agente externo problemático.

• Sarapó Ka’apor 20

  Sarapó Ka’apor é mencionado como um líder que morreu por envenenamento em circunstâncias suspeitas, investigadas pela Polícia Federal. A morte e a investigação conferem um sentimento fortemente negativo à sua menção.

• Polícia Federal 50

  A Polícia Federal é mencionada como o órgão que investiga a morte de Sarapó Ka’apor. A menção é factual, sem atribuição de sentimento.

• Vale 50

  A mineradora Vale é mencionada como uma empresa com a qual a Associação Ka’apor Ta Hury mantém acordo financeiro como compensação por danos. A menção é factual, sem atribuição de sentimento.

• Iracadju Ka’apor 30

  Iracadju Ka’apor é uma liderança da associação Ta Hury, favorável ao projeto. Ele defende a capacitação tecnológica e o diálogo, mas é criticado pelo conselho Tuxa Ta Pame por violar acordos e fazer negociações. Suas declarações são apresentadas em contraste com as do outro grupo, e ele é associado a práticas criticadas.

• Monique Vanni 30

  Monique Vanni, diretora da Wildlife Works no Brasil, faz declarações em defesa do projeto e da associação Ta Hury, mas questiona a representatividade do conselho Tuxa Ta Pame e os debates que realizam, acusando-os de serem manipulados por organizações antimercado. Suas declarações são apresentadas de forma a contestar o outro lado, e ela representa a empresa criticada.

• Itahu Ka’apor 70

  Itahu Ka’apor é uma liderança do conselho Tuxa Ta Pame, contra o projeto. Ele faz fortes críticas ao projeto de carbono, comparando-o a madeireiros, e à associação Ta Hury. Suas falas expressam a posição do grupo contra o projeto, com argumentos sobre proteção territorial e autonomia, o que confere um sentimento positivo à sua representação.

• Repórter Brasil 50

  Repórter Brasil é a fonte original da matéria e é citada como veículo que mostrou a gestão autônoma do conselho Tuxa Ta Pame e onde foram divulgadas entrevistas. A menção é factual.

• Centro de Formação Saberes Ka’apo 70

  O centro é apresentado como o local onde o conselho Tuxa Ta Pame organiza encontros para estudo e debate sobre temas como mercantilização da natureza versus bem viver, o que demonstra uma iniciativa de formação e conscientização positiva.

• Movimento Mundial em Defesa das Florestas Tropicais (WRM) 60

  O WRM é citado como um apoiador do encontro organizado pelo conselho Tuxa Ta Pame, que resultou em uma declaração contra o mercado de carbono. O apoio a essa declaração e ao movimento de defesa das florestas confere um sentimento positivo.

• Movimento das Florestas Tropicais 60

  O Movimento das Florestas Tropicais é mencionado como o site onde foi divulgada uma entrevista de Itahu Ka’apor, o que o associa à divulgação de informações em defesa do território e contra o mercado de carbono, conferindo um sentimento positivo.

• Luís Antônio Pedrosa 70

  Luís Antônio Pedrosa, assessor jurídico do conselho Tuxa Ta Pame, argumenta sobre a representatividade do conselho e a necessidade de que ele seja ouvido, mesmo sendo minoritário. Sua fala reforça a legitimidade do grupo contra o projeto, o que é positivo.

• Sentimento Geral 40

  O texto apresenta um conflito interno em uma comunidade indígena sobre um projeto de créditos de carbono, com a justiça federal intervindo. Há críticas ao projeto e à empresa envolvida, mas também defesas e justificativas. O tom geral é informativo, mas com nuances de preocupação e disputa, resultando em um sentimento ligeiramente negativo.