Donos de hotel de ‘pós-luxo’ proíbem pesca em ilha para erguer novo empreendimento Felipe Sabrina/Intercept O pescador Leandro dos Santos aprendeu ainda criança que a Ilha do Caju, no município de Araioses, no Maranhão, seria uma terra particular, mas isso nunca …
Ler notícia completa no site do autor ↗️‘Private island’ – Blog do Daby Santos
Publicado em: Por: Daby Santos
Sentimento por Entidade:
-
Ilha do Caju
O local é apresentado como palco de conflitos, onde a privatização e o desenvolvimento de um empreendimento de luxo e projeto de carbono estão proibindo o acesso de comunidades tradicionais e gerando denúncias de violência. A ilha é descrita como um bem público sendo indevidamente tratado como propriedade privada.
-
Jimmy Furland
É retratado como um dos donos do hotel de 'pós-luxo' que está transformando a ilha em 'private island' e proibindo pescadores e catadores, ignorando termos de contrato e buscando instalar um projeto de descarbonização que afeta a comunidade.
-
Natália Furland
É retratada como esposa de Jimmy Furland e coproprietária do hotel de 'pós-luxo' que está transformando a ilha em 'private island' e proibindo pescadores e catadores, ignorando termos de contrato e buscando instalar um projeto de descarbonização que afeta a comunidade.
-
Ilha do Caju LTDA
A empresa é apontada como responsável por ignorar termos de contrato, ambicionar a instalação de um projeto de descarbonização em larga escala e proibir o acesso de pescadores e catadores à ilha, tratando-a como propriedade privada. Não comentou as denúncias de violência.
-
Ambipar
A empresa foi contratada para executar o projeto de captura de carbono e é criticada por, segundo relatos, afirmar que a área não era frequentada por pescadores e catadores. Acumula multas ambientais e não respondeu a questionamentos sobre consulta prévia e detalhes do projeto.
-
Santos
É citado como uma das pessoas que relata as dificuldades enfrentadas pelos pescadores e catadores, afirmando que a área é frequentada e que a empresa de crédito de carbono não considerou isso. Sua fala é usada para ilustrar a perspectiva das comunidades.
-
AmarDelta
A associação é apresentada como receptora das denúncias dos pescadores e catadores e registrou as abordagens violentas. É uma das entidades que busca representar os interesses das comunidades tradicionais.
-
Superintendência do Patrimônio da União no Maranhão
O órgão ressalta que o contrato de aforamento da empresa se restringe a uma área menor da ilha e não contempla áreas de uso comum do povo, o que corrobora a ilegalidade da proibição imposta pela empresa.
-
Yuri Costa
O defensor público federal é citado extensivamente para explicar a ilegalidade das proibições, a garantia de acesso a bens públicos e a configuração de crimes. Suas falas são usadas para fundamentar a crítica ao empreendimento.
-
Lei 7.661 de 1988
A lei é mencionada como garantia de livre acesso às praias, reforçando o argumento de que a proibição imposta pela empresa é ilegal.
-
Código Florestal
O código é citado como protetor dos manguezais e determinador de uso coletivo, reforçando a ilegalidade da privatização e restrição de acesso pela empresa.
-
Código Penal
O código é mencionado em relação ao crime de constrangimento ilegal, que pode ser configurado pelo uso de seguranças armados para impedir o uso comum de áreas públicas.
-
União
A União é mencionada como signatária do contrato de aforamento com a empresa Ilha do Caju LTDA, e sua Superintendência no Maranhão reforça os limites do contrato e a natureza pública de certas áreas.
-
Reserva Extrativista Marinha do Delta do Parnaíba
É o local onde vivem os pescadores e catadores proibidos de usar áreas públicas da União, sendo o entorno da Ilha do Caju e parte do território onde se desenvolvem as atividades que geram o conflito.
-
Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho
A convenção é citada como base legal para a obrigatoriedade da consulta prévia, livre e informada a povos e comunidades tradicionais, destacando a falha das empresas em cumprir essa exigência.
-
Organização Internacional do Trabalho
A OIT é mencionada através de sua Convenção 169, que estabelece a obrigatoriedade da consulta prévia a comunidades tradicionais, ressaltando a falha das empresas em cumprir essa norma.
-
Intercept Brasil
O veículo é citado como detentor de acesso a documentos que explicitam a proposta de restrição do uso da ilha e como autor de reportagens anteriores sobre conflitos similares, conferindo credibilidade às informações apresentadas.
-
Ibama
O órgão é mencionado por ter multado a Ambipar em mais de R$ 22 milhões em 2024 e por ter barrado um projeto de porto da Nutripetro devido a impactos ambientais, indicando uma postura de fiscalização e punição contra práticas prejudiciais.
-
ICMBio
O órgão é mencionado como um dos que não estavam sabendo da construção da pousada e implementação do projeto na Ilha do Caju, indicando uma possível falha de comunicação ou fiscalização.
-
Ministério Público Federal no Maranhão
O órgão é mencionado como um dos que não estavam sabendo da construção da pousada e implementação do projeto na Ilha do Caju, indicando uma possível falha de comunicação ou fiscalização.
-
Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão
A secretaria é citada pela Portaria 123/2015 que dispensa licenciamento para hotéis com até 50 leitos, mas informa que o requerimento da Ilha do Caju LTDA está em análise e com pendências, indicando que a dispensa não é automática e que há questionamentos sobre o projeto.
-
Sema
A Sema é citada pela Portaria 123/2015 que dispensa licenciamento para hotéis com até 50 leitos, mas informa que o requerimento da Ilha do Caju LTDA está em análise e com pendências, indicando que a dispensa não é automática e que há questionamentos sobre o projeto.
-
Portaria 123/2015
A portaria é mencionada como base para a dispensa de licenciamento de hotéis com até 50 leitos, mas o texto aponta que o requerimento da Ilha do Caju LTDA está em análise e com pendências, indicando que a dispensa não é automática e que há questionamentos sobre o projeto.
-
SPU
A SPU é mencionada como um dos órgãos cuja anuência é necessária para a dispensa de licenciamento e como fonte da informação sobre o valor anual do contrato de aforamento pago pelo casal Furland.
-
Araioses
O município é mencionado pois a prefeitura expediu alvará de funcionamento e certidão de uso e ocupação do solo para a construção na Ilha do Caju, mas não obteve retorno do órgão ao ser procurada.
-
Hotel Casana
O hotel é apresentado como o empreendimento de 'pós-luxo' dos Furland no Ceará, servindo de exemplo para o projeto na Ilha do Caju, com diárias elevadas, o que contextualiza o modelo de negócio.
-
James Frederick Clark
O empresário inglês é mencionado como o primeiro proprietário da Ilha do Caju sob contrato de aforamento, tendo administrado a ilha por décadas através de seus descendentes, o que contextualiza a longa história de propriedade estrangeira.
-
Ingrid Clark
A descendente de James Frederick Clark é mencionada como a antiga proprietária da ilha antes de vendê-la ao casal Furland, e aparece em reportagem de 1996 falando sobre preservação, mas já com nativos proibidos de usar a ilha.
-
Globo Repórter
O programa é citado por uma edição de 1996 que mostrava a Ilha do Caju e a fala de Ingrid Clark sobre preservação, além de evidenciar que, naquela época, nativos já eram proibidos de usar a ilha para seu sustento.
-
Isabela Assumpção
A repórter é citada como a narradora de uma reportagem do Globo Repórter de 1996, que já evidenciava a proibição de nativos de usarem a ilha para seu sustento, contextualizando a longa história de conflitos.
-
Francisco Batista da Costa
O agricultor é entrevistado em reportagem de 1996 e afirma que, sem aposentadoria, estaria morto, o que ilustra a dependência das comunidades locais em relação ao uso da terra e os impactos da proibição de acesso.
-
Luciano Galeno
O agente do Conselho Pastoral dos Pescadores é citado criticando a lógica do projeto de carbono que reduz a natureza ao carbono e ignora outros ciclos biológicos, além de afirmar que a preservação se deve ao uso sustentável dos recursos pelas comunidades.
-
Conselho Pastoral dos Pescadores
A organização é representada por Luciano Galeno, que critica a lógica do projeto de carbono e defende o uso sustentável dos recursos pelas comunidades como fator de preservação.
-
Fabrina Furtado
A pesquisadora é citada em um artigo junto com Gabriel Strautman para explicar como o mercado de carbono permite que empresas poluidoras compensem suas emissões sem reduzi-las, criticando a lógica da 'neutralidade climática'.
-
Gabriel Strautman
O economista é citado em um artigo junto com Fabrina Furtado para explicar como o mercado de carbono permite que empresas poluidoras compensem suas emissões sem reduzi-las, criticando a lógica da 'neutralidade climática'.
-
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
A universidade é mencionada como a instituição à qual pertence a pesquisadora Fabrina Furtado, que critica o mercado de carbono, conferindo credibilidade à sua análise.
-
Universidade Federal do Rio de Janeiro
A universidade é mencionada como a instituição à qual pertence o economista Gabriel Strautman, que critica o mercado de carbono, conferindo credibilidade à sua análise.
-
O direito de poluir como política climática
O artigo é citado como fonte que explica a lógica do mercado de carbono e a crítica à 'neutralidade climática', conferindo embasamento à análise apresentada no texto.
-
Andrei Cornetta
O pesquisador é citado como autor de estudo sobre políticas climáticas e desdobramentos territoriais, que critica a expulsão de comunidades tradicionais de seus territórios como uma 'ironia cruel' do modelo de preservação baseado em créditos de carbono.
-
Instituto Federal de São Paulo
O instituto é mencionado como a instituição à qual pertence o pesquisador Andrei Cornetta, que critica o modelo de preservação baseado em créditos de carbono e a expulsão de comunidades tradicionais, conferindo credibilidade à sua análise.
-
Políticas climáticas e desdobramentos territoriais no estado do Maranhão: diagnóstico sobre projetos de carbono florestal – REDD+ Jurisdicional
O estudo inédito de Andrei Cornetta é citado para embasar a crítica sobre como o modelo de preservação baseado em créditos de carbono leva à expulsão de comunidades tradicionais de seus territórios.
-
Carbon Violence
O site é mencionado como uma iniciativa que mapeia violações cometidas em projetos de carbono ao redor do mundo, conferindo credibilidade às denúncias apresentadas no texto.
-
Carbono Turvo
A plataforma é citada como uma iniciativa que investiga e compila dados sobre projetos de carbono, buscando driblar a falta de transparência do setor, o que reforça a importância da investigação jornalística sobre o tema.
-
Tércio Borlenghi Junior
O dono da Ambipar é retratado como um empresário bilionário que oferece soluções ambientais, mas sua empresa acumula multas ambientais e teve um projeto de porto barrado pelo Ibama devido a impactos ambientais e denúncias de falsificação de assinaturas.
-
Petrobras
A empresa é mencionada como contratante da Ambipar para monitoramento de praias, mas a Ambipar não cumpriu suas obrigações, o que indiretamente reflete negativamente sobre a gestão de contratos da Petrobras ou a escolha de parceiros.
-
Nutripetro
A empresa, de Tércio Borlenghi Junior, teve um projeto de porto barrado pelo Ibama por impactos à Terra Indígena e vida marinha, e foi alvo de denúncias de devastação de manguezais e falsificação de assinaturas em abaixo-assinado, indicando histórico de problemas ambientais e legais.
-
Ibama
O órgão é mencionado por ter multado a Ambipar em mais de R$ 22 milhões em 2024 e por ter barrado um projeto de porto da Nutripetro devido a impactos ambientais e denúncias de falsificação de assinaturas, indicando uma postura de fiscalização e punição contra práticas prejudiciais.
-
Ministério Público Federal
O órgão é mencionado como um dos que receberam denúncias sobre a devastação causada pelo porto da Nutripetro e como um dos que investigaram a falsificação de assinaturas em um abaixo-assinado relacionado ao projeto.
-
Ministério Público Estadual
O órgão é mencionado como um dos que receberam denúncias sobre a devastação causada pelo porto da Nutripetro, indicando sua atuação na fiscalização ambiental.
-
Prefeitura de Aracruz
A prefeitura é citada por ter mudado o zoneamento para permitir a construção do porto da Nutripetro, e o Ministério Público do Espírito Santo apontou que um abaixo-assinado a favor dessa alteração continha assinaturas falsas e de menores, indicando irregularidades na gestão municipal.
-
Terra Indígena Comboios
A terra indígena é mencionada como uma das áreas impactadas pelo projeto de porto da Nutripetro, que foi barrado pelo Ibama devido a esses impactos, indicando um risco ambiental e social.
-
Junta Comercial do Espírito Santo
A Junta Comercial é mencionada como o local onde a Nutripetro segue com registro ativo, apesar dos problemas ambientais e legais enfrentados pelo empresário Tércio Borlenghi Junior.
-
Ministério dos Povos Indígenas
O ministério assinou um protocolo de intenções com a Ambipar para projetos de conservação, o que contrasta com as denúncias contra a empresa na Ilha do Caju, mas demonstra uma busca por parcerias em áreas ambientais.
-
Supremo Tribunal Federal
O STF assinou um acordo de cooperação técnica com a Ambipar para compensar emissões, o que demonstra uma parceria com a empresa, mas o texto também aponta multas ambientais para a Ambipar, criando um contraste.
-
Sentimento Geral
O texto apresenta uma forte crítica à forma como um empreendimento de luxo e um projeto de captura de carbono estão impactando negativamente as comunidades locais e o meio ambiente, com denúncias de violência e violação de leis. Os principais atores envolvidos no empreendimento e no projeto recebem avaliações negativas.
- Muito Positivo
- Positivo
- Neutro
- Negativo
- Muito Negativo